domingo, 27 de maio de 2012

HILOS AMASADOS



Hilos Amasados


El Ballet de piernas era irresistible. Piernas torneadas y sensuales diseñadas en placer, mezcladose sobre puntos reales o imaginarios de llegada. Sólo en aquella ruta de hilos, cinco sociedades de chicas, anonimas, disputaban paralelas el balancear de rodillas y muslos comportados. Vendian servicios y ventajas apretados por el negro de la noche, o en café rápido, en el puro azul de “Pontos-G” americanos, aproximandose en grados, no por el sentido de los ojos, y si por la rigidez del calor que brota en la lycra del propio capitalismo!

Cruzada en aquel banco, en la direccion contraria al corredor, continuaba seduciendo al telefono o seria interfono? El tono seco de ordenes solamente era quebrado por instigante sonrrisa. Observador protegido, por las primeras planas de O Globo, pense: “entre tantas comidas especiales, estaria enamorando alguien? “Como era eficiente!  La conversacion profesional, de quien trabaja rehen de la expectativa de los hilos...Alguién como nosotros entrelazados a los millares, siempre intentando inventar los hilos de la eficiencia. Somos amparados por el funcionario Directo: que las cosas funcionen!Sigan el camino de la normalidad.. Y cuando cansados, son hilos amasados? Y cuando exprimidos los hilos de tanto uso, calientan y se rompen? Sobrando apenas los gritos de una luz roja en el cercado luminoso. Después otra y otra, chips y radares apagandose en riesgos que se encierran en el centro! Con olor inconfundible del peligro: hasta mismo el más experimentado comandante se rinde a las fotas del frío y a la expectativa del miedo...

Sobre algun punto del Atlantico, el DC10 seguia tranquilo, como centenas de aeronaves nocturnas, iluminadas por la cortesia que une diferentes personas y nacionalidades: chicas y muchachos bilingües, hombres y mujeres, deslizando carritos con servicios de abordo. El sólo del Brasil que nos restaba ahora, eran dos corredores estrechos, separados por cortinas y toilettes. Encuanto una joven aeromoza servia apurada un vaso de jugo de tomate cayo direcho encima de una confortable camisa blanca, de algodón , que junto con un pantalon azul royal, de casimir lavado, fueron condimentadas con naranja-rojo y picante! Apavorada como el desliz, sobre miradas de reporbación de la telefonista, no se canso de pedir disculpas e inmediatamente, vino ejecutiva con servilletas de papel absorvente. Luego acepte, medio que hipnotizado, hablando: “Lo que importa un baño, cuando se tienen ojhos verdes?” Piropeada, continuo secando con aquellas manitas suaves y labios apretados”

Dice que estaba todo bien e se aparto oyendo reprensiones del Jefe de Azafatas, encuanto llevaba um peñisco en el otro brazo  J Si, alguien que aun no conocia, en una cazaca verde felpuda, sobre una bermuda de algodón de color arena, entre otros detalles fofos; pensara haber sido una buena idea convencerla de traer alguien con nostros, al sugerir: “Porque no viajamos con una amiga suya? Un cuarto triple es más animado...” Aún iria aprender las tácticas de Lalu!  Hizo secreto eficiente de la respuesta durante una semana (diciendo que iria a gustar), y expectativas conservadoras, asistiendo “MI Bella Genio”, hasta descubrir porque en la lámpara no existia la patente de una tercera teniente, de faldas: maravilloso sueño! Además, pocas expectativas en aquella aventura: New York ya conocía. Queria un avión diferente, sin hileras de asientos, completamente ocupadas, por cabezas pegadas en dogmas de estatuas socialistas, reaccionarios aliados a las armas del capital e a la Crus de Malta!   

Bueno, después continuo el viaje en otra crónica, pues, inesperadamente, fue uno de los mejores! Valieron los tres notebooks que trajimos y, novedades, fueron revendidos en reales por el triple del precio... Pagaron los tenis, los perfumes, cds portátiles, innumeros presentes y costos de aventura, que ni me importe con la total abstinencia de piernas, ni con los únicos US$ 100 dólares que lleve en aquella semana! Lalu compro con la tarjeta de crédito. J                   

                   



                                                  Rio de Janeiro, 28/11/03.

                                                  Abrazos de Dr. Guto

segunda-feira, 21 de maio de 2012


 
ALÔ TELEMAU!


                Vi que as pessoas dormem nas conduções porque vivem cansadas, extasiadas de cumprir jornada extra e diária na labuta da vida. Passou ontem no globo repórter, sbt repórter, na tv a cabo, não lembro o canal nem o programa, porque botões de controle são apertados com tal rapidez que a memória falha. Memórias cansadas... Também ouço desde sempre que as pessoas são diferentes, uns são nervosos e estressados, outros já nem esquentam se a bomba é H ou M, e vão vivendo os dias comendo mortadela, noites comendo pão seco, que às vezes o próprio diabo amassa. Se existem Renans que circulam de Corollas, têm mansões oficiais e direito a jatinhos da FAB, nem sei por que o diabo virou padeiro, porque profissão melhor pra ele seria locutor de futebol né, não, não, pensei em outra, operador de telemarketing, terceirizado, sem direitos trabalhistas, contratado por uma Joint-venture (canadense com sede onde umas galinhas na LBA roubaram e deram endereço falso e ficou por isso mesmo), situada nas Alagoas e atendendo geral quando a linha não cai e aí já atendem do meio do Tocantins aos clientes da ex-CTB, ex-TELERJ, ex-TELEFÔNICA, ex-TELECOM, digo vendem as ações em bolsa e vira tudo ex, nem sabemos mais a quem pagamos... Agora um simples OI né.? “Oi, É O CAPETA FALANDO!” Que corta sua velox, speed, virtua, seu wireless bom ou ruim; lembrei do desenho speed racer que não tinha notebooks furtados pelo corredor x, é tudo mais ou menos assim: você era assinante, aí pelas circusntâncias da vida, deixou de ser, mas seu nome está lá em alguma lista do passado, tipo uma corrida de bulgatis na memória, em que Manuel Fangio rodopia e junto logo com mais três carros, sai da pista e atropela os incautos na arquibancada improvisada, tô rápido demais? Visualizaram o carrinho voando com um assento só e caindo sobre as pessoas? As fórmulas se aperfeiçoaram e viraram “combos” -  pipoca de tutti fruti, a água colorida que bebemos para telefonar –Alô? Alô, Alô TELEMAU, aqui quem fala é da terra, tudo bem? Eles falam nossa língua? Os operadores das operadoras, só catalogando assim, são tão educados, sério, podem ser até outros adjetivos pitorescos, burros, antas, repetitivos, mas já repararam? Quem perde a paciência somos sempre nós! Assinantes lesados por alguma coisa ainda que seja da imaginação. Ah, não estou incluindo nesse rol as histéricas e neuróticos que povoam o mundo e ligam a cada cinco minutos para números diferentes, gritando, ameaçando ir lá e chamar a polícia! Perda de tempo, eles não têm sede. Estou falando de pessoas normais! Que entretanto perdem a paciência, porque os argumentos acabam em protocolos que de nada servem. Vamos ser modernos? A questão é não falar com a assessoria, a raia miúda, porque o diabão está na linha escutando e gravando, manda até colocar mensagem para nos intimidar “esta ligação está sendo gravada, tudo que falar será usado contra você etc” E DAÍ, FODA-SE!!! Claro,gritam a maioria palavrões e gestos galantes de toda natureza porque estão Vivos! Tim Tim por Tim Tim, tenho pena de quem lida com o público! Com o outro lado do ego, um fio cortado na vila ao lado, na rua, na varanda, e lhe monitoram por GPS até numa casinha de sapê, governam sua vida, seus acessos e se chamam... Agora tecle por favor a nota desta crônica de zero a dez, e apertem os botões de controle sem quebrar!
                             
                                                                               Rio, 19/10/07.


Dr. Guto foi cliente daquele Panasonic tijolão em 92...

                   


quinta-feira, 10 de maio de 2012

TRILHOS DO ELECTRICO


Os Trilhos do Eléctrico... 
 
Passei do tempo de observar pessoas, aliás, ouvi muitas estórias e vi muitas caretas e no silêncio de quem observa cansei. Não que o boi da cara preta me assuste, bocas boquiabertas, línguas horrorosas e olhos esbugalhados me intimidem, muito menos os gritos da “toirada” ou “ataques de pelanca” dos que detém algum tipo de poder e autoridade e pensam matar o touro, esses são os piores...
Tudo bem, não cito nomes porque não almejo fama, na orla da praia eu já joguei muito vôlei, meu carro é importado e (o IPVA 2009 pago), tive Amex Gold, Dinner´s club e outros Platinum (quebrei-os em pedaços) e atualmente estou me lixando para bancos, onde abri conta em 1986 e desde então mudaram tantos os gerentes que me tornei apenas um anônimo, quando sorrindo, pedi a uns cinco anos que cancelassem o limite e transformassem minha conta corrente em simples. Estupefata a gerente da ocasião, uma moça já demitida, tentou por mais de meia hora me convencer que não inutilizasse os cartões, que não fizesse isso, que era cadastro, que era um ótimo cliente, TÃO EDUCADO! Claro, pagava todos os juros escorchantes e taxas calado, cdcs, seguros, capitalizações e parcelamentos a +15% ao mês, investimentos, factorings, se achando importante porque ficava em sala vip nos aeroportos... Não! Não preciso mais disso. Nem posso comer aqueles lanches mais! Nunca quis ser procurador ou juiz como sonhavam minhas tias, é como a música de Bezerra da Silva interpretada pelos Originais do Samba: quando falam em bolso, os poderes são iguais “não sobra um meu irmão”... As comissões de ética, para quem conhece partidos, são um piada, não funcionam nem decidem nada. Bem, não estou nem aí se venderei livros, visto que a esquerda operária, ora no poder, faz pouco para deter os privilégios dos ricos neste país. Locupletam-se! Precisa explicar? Caderneta de poupança é coisa de pobre, certo? Pois então, ricos detêm outros tipos de investimentos, correto? Erraram. 1% eles detêm todos os tipos de investimentos e representam 41% de todo dinheiro aplicado em poupanças! Se poupança serve para financiar habitações populares, seriam eles os donos dos mocambos e cubículos de concreto também? Sorvetes de tapioca comprados com cartões corporativos. Estou cansado, sinceramente. Sei lá, dizem que quando se chega aos “enta” estamos no topo da escada observando o horizonte. No Vale do Imbuí talvez ou na Pedra do Sino, em Machu Pichu, no Restaurante Giratório, numa Roda do Tâmisa, em algum teleférico em Lisboa e que começaremos a descer os degraus...O problema é descer com pressa, prefiro ir devagar como os trilhos do eléctrico, pelas curvas dos sobrados, vendo o linho estendido nas janelas, chuvas e umbrelas, os observadores em cafés e tranquilizantes, que precisam por mais a cara a tapa e procurar um bom tanque de roupas a lavar! Em vez de ficarem apenas criticando e reclamando das faturas dos políticos, trabalhem para terem uma boa morte, cancelem tudo, inclusive a assinatura do jornal (uma imprensa puxa-saco, que sobrevive de páginas e páginas de classificados de carros zeros e construtoras), e denúncias de corrupção, realmente cansativo: passarei meses longe de telejornais! Desligarei a tevê a cabo! Arremessarei meu futuro tablet na parede! Direi adeus a uma classe média ridícula cujo único medo é ficar pobre, desculpem, vão para o feirão vão, vão pagar juros durante vinte anos para adquirir um cubículo, tchau!Vou ser agregado e morar num quartinho de empregada. Nunca mais terei contas em meu nome! Gastarei meu último tostão! Demitirei todos...

O ser observador também é tropeçar na escada, é despencar rumo à serra, com luz de lampião e livros, vez em quando ao buraco de Otília almoçar: melhor, o ostracismo total! Lá onde as primeiras damas nunca farão plástica facial com as minhocas! Reabilito os cartões e peço aumento de limite? Qual saldo das minhas milhas mesmo? Me inscreverei no Twitter! Hehe

Dr. Guto tem planos de morar em Lisboa... Maio de 2009

FIOS AMASSADOS

                                         
FIOS AMASSADOS
O balé de pernas era irresistível. Pernas torneadas e desenhadas em prazer, mesclando-se sobre pontos reais ou imaginários de chegada. Só naquela rota de fios, cinco sociedades de moças anônimas disputavam paralelas o balançar de joelhos e coxas comportadas. Vendiam serviços e vantagens apertados pelo negro da noite ou em café rápido, no puro azul de Pontos-G americanos, aproximando-se em graus, não pelo sentido dos olhos, mas pela rigidez do calor que brota na lycra do próprio capitalismo!
Cruzada naquele banco, na direção contrária do corredor, continuava seduzindo ao telefone ou seria interfone? Balançava lentamente as pernas... O tom seco de ordens somente era quebrado por instigante sorriso. Observador protegido pelas manchetes calientes de OGlobo, pensei: “entre tantas comidas especiais, estaria namorando alguém? Como era eficiente!” A conversa profissional, de quem trabalha refém da expectativa dos fios. Alguém como nós, entrelaçados aos milhares, sempre tentando inventar os fios da eficiência. Somos amparados pelo funcionário Direito: que as coisas funcionem e sigam o caminho da normalidade... E quando cansados são os fios amassados? E quando esmagados os fios de tanto uso, esquentam e se rompem? Pessoas cansadas,sobrando apenas os gritos de uma luz vermelha no painel luminoso. Depois outra e outra, chips e radares apagando-se em riscos que se encerram no centro, com odor inconfundível do perigo: até mesmo o mais experiente comandante rende-se às gotas do frio e à expectativa do medo...
Sobre algum ponto do Atlântico, o DC10 seguia tranqüilo, como centenas de aeronaves noturnas iluminadas pela cortesia que une diferentes pessoas e nacionalidades: moças e rapazes bilíngües, homens e mulheres deslizando carrinhos com serviços de bordo. O solo do Brasil que nos restava agora eram dois corredores estreitos, separados por cortinas e toaletes. Enquanto uma jovem comissária servia apressada, um copo de suco de tomate caiu direto em cima de uma confortável camisa branca, de cambraia, que junto com uma calça azul Royal, de veludo lavado, foram temperadas com laranja-vermelho e pimenta! Apavorada com o deslize, e sob olhares de reprovação da telefonista, não se cansou em pedir desculpas e, imediatamente, veio executiva com guardanapos absorver. Logo aceitei, meio que hipnotizado, falando: "O que importa um banho, quando se tem olhos verdes?" Lisonjeada continuou secando com aquelas mãozinhas suaves e lábios apertados! Disse que estava tudo bem e afastou-se ouvindo repreensões da chefe das comissárias, enquanto levava um beliscão no outro braço. hehe
Sim, alguém que ainda não conhecia bem, num felpudo casaco verde sobre uma bermuda de algodão cor de areia, entre outros detalhes fofinhos; pensara ter sido uma boa idéia convencê-la a trazer alguém conosco, ao sugerir: “Por que não viajamos com uma amiga sua? Um quarto triplo é mais animado...” Ainda iria aprender as táticas de Lalu! Fez segredo eficiente da resposta durante uma semana (dizendo que iria adorar), e convidou a minha irmã! Um duro golpe no veludo azul... Agora seriam onze horas de expectativas conservadoras, assistindo “Jeannie é um gênio", até descobrir porque na lâmpada não existia a patente de uma terceira-tenente, de saias: maravilhoso sonho! Aliás, poucas expectativas naquela aventura: New York já conhecia. Queria um avião diferente, sem fileiras de cadeiras, completamente ocupadas, por cabeças coladas em dogmas de estátuas socialistas, reacionários aliados às armas do capital e à Cruz de Malta!
Bom, depois continuo a viagem em outra crônica, pois, inesperada, foi uma das melhores! Valeram os três notebooks que trouxemos e, novidades, foram revendidas em reais pelo triplo do preço... Pagaram os tênis, os perfumes, cds portáteis, inúmeros presentes e custos da aventura, que nem me importei com a total abstinência de pernas, nem com os únicos US$ 100 dólares que levei naquela semana! Lalu comprou no cartão.
......................................................................................................................................................................................................................
*Dr Guto relembrando, quando ainda se comprava sem fios no free shop do avião...