quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A ARTE CRIADORA



Introdução do Livro


Carpe o quê?

                           Vou pedir ajuda para fazer a introdução. Preferia conhecer um escritor ou uma escritora que pudessem me ajudar, fazendo por mim. Lembro como se fosse hoje, na hora que precisei da impressora para imprimir um monte de textos, ela se rebelou e não foi apenas falta de tinta naquele dia 29. Queria registrar o livro na Biblioteca Nacional naquela data! Desci no Largo da Carioca e passei mais de duas horas alugando uma pobre moça no quiosque junto à saída do metrô, com recomendações de impressão, cuidados com as  fotos, ela não agüentava mais aquele chato de gravata separando cuidadosamente as folhas... E certo momento comentou com sua colega: “por que esses advogados tiram tanta cópia!” Fiquei devendo hum real e pouco e não deu tempo de explicar que na era digital tanta burocracia se torna completamente desnecessária e tinha que correr para outra loja de “xerox” próxima e encadernar tudo em espiral e dois volumes. Consegui, entrando pela viela do Teatro Municipal, onde se compram ingressos e rumei apressado em direção ao MEC. Lá chegando, já passava do horário (de nove às dezessete horas) e perguntei aflito: “ainda consigo registrar hoje?” Uma eficiente funcionária calmamente respondeu: “o que são alguns minutos para um livro”. Ainda voltei para tirar cópia da identidade. Sorte encontrá-las, anônimas.
                E lá fui eu falar com os editores que me receberam... Se havia expectativa era qualquer coisa que se movera nas teclas, tentando aproveitar alguma das folhas que caíam: eram formais, acessíveis, calados, ora bafejando verdades em opiniões diretas – “seu livro é um produto, tem que ser vendido!” Não era escritor popular, os tempos eram intercalados e a seqüência da rima nem sempre lógica, tinha de refazer tudo? E voltar como autor, não cronista, para situar os leitores num elo que fizesse sentido – “Carpe o quê? Carpe Diem? Apenas explique o mínimo”. Difícil, mas tentarei espalhar uns “miolinhos de pão” antes, rodapés numerados com explicações, não sei se em todas o êxito será mais que linha.
           As idéias do livro vão rabiscando desenhos, imagens e opiniões. A decisão de escrever começou a bordo de um avião e aventura maior seguiu pela internet, encaminhando crônicas aos jornais, aos amigos, aos desconhecidos e logo vieram novos amigos que contribuíram em muito para o sucesso desta obra. Alguns e-mails ficaram.  Que eles onde estiverem façam a introdução do meu livro! As crônicas do Dr.Guto foram surgindo e agora mais vivas estão: pertencem a Literatura.
                       
            Rio de Janeiro, 29 de março de 2005.





          Não sei quando resolvi começar a rabiscar idéias e imaginar-me um escritor, nunca imaginei, lembro apenas ter sido numa monótona tarde no escritório modelo da faculdade que surgiu um primeiro texto que recordo... Os anos passaram até que um dia, a bordo de um avião da Varig sobrevoando os Andes, vendo a imensidão da natureza que nos cerca, lembrando das passeatas que fui e tantas pessoas anônimas que seguem,insignificantes seres e pontos prateados que voam, decidi que escreveria... Exato ano de 2000, virada do século ou mais um século, ainda assim, descontraído atraso de três anos até que realmente rabiscasse rápido o executivo de atropelar idéias. As datas são invenções dos humanos e seus calendários solares, em agosto de 2003 escreveria uma segunda crônica: Carpe Noctem, e encaminharia aos amigos virtuais de presente. A partir de então, surgiram sem regras ou muita lógica,umas sessenta crônicas do cotidiano e situações vividas, até o lançamento do 1o E-Book pela Freitas Bastos em 2010... Poucos compraram e poucos leram e ainda retirei do ar para revisões gramaticais e assim ficou... Tenho que republicar de novo e divulgá-lo hehe O 2o livro já está pronto e  outra vez a iniciativa corre devagar, tentarei resgatá-los dos arquivos eletrônicos em 2013 e deixá-los a vocês, leitores. Me cobrem! ) 

Dr. Guto  29 nov/2012